segunda-feira, 4 de abril de 2011

IRON MAIDEN FAZ SHOW PARA 16 MIL PESSOAS EM RECIFE

 

Com vocal poderoso, três guitarras arrojadas, uma bateria de peso e muitas coreografias para roqueiro nenhum colocar defeito, o Iron Maiden fez sua apresentação no Recife, a penúltima no Brasil (a banda segue na terça-feira, em Curitiba). O show começou poucos minutos depois das 20h, quando milhares de fãs (cerca de 16 mil, na expectativa da produção) começaram a gritar "Maiden! Maiden!".


Na abertura, com Satellite 15... The Final Frontier, dois telões nas laterais do palco projetaram imagens espaciais e futuristas. Depois, os equipamentos serviram para ampliar cenas dos músicos, seja o vocalista em brados altos e pernas invariavelmente abertas, sejam os outros músicos com a forma roqueira de tocar: jogando os cabelos compridos, levantando os braços, utilizando a guitarra como se fosse uma espingarda, uma metralhadora, um bastão.
O cenário foi feito em dois planos. No mais baixo, Steve Harris (baixo) e os guitarristas Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers se revezavam nas posições. Ao centro, o baterista Nicko McBrain, enquanto o Bruce Dickinson corria para todos os lados e era o único a chegar ao plano mais alto. No fundo, painéis que eram substituídos a cada música.
The Final Frontier é uma excursão com novas músicas, mas, é lógico, velhos e queridos clássicos. Nas quatro primeiras músicas, apenas Two Minutes to Midnight, a terceira, não está no último disco. Por sinal, foi Two Minutes to Midnight o primeiro momento de arrebatamento de público, com todos cantando, pulando e levantando os braços. Outros sucessos iriam encantar a massa jovem, cabeluda e com camisas pretas presente.
Dance of Death e The Trooper, por exemplo, são dois bons exemplos de músicas que mexeram com quem estava na frente do palco. E em The Trooper, Bruce Dickinson utilizou um casaco vermelho, característico do exército de sua majestade no século 19, e a bandeira da Grã-Bretanha. Era apenas a metade do show, que durou intensas duas horas.
Antes de tocar Blood Brothers, Bruce Dickinson contou para os presentes a passagem do Iron Maiden pelo Japão, quando o avião estava para tocar o solo de Tóquio nove minutos depois do terremoto ter começado a chacoalhar o país, antes da tsunami arrasar parte do litoral japonês. Dickinson dedicou a música às vítimas da tragédia japonesa e disse como gostava do Brasil.
A última música antes do intervalo foi Iron Maiden, com direito à participação de Eddie, na forma de um boneco de 3 metros de altura e duas luzes vermelhas no lugar dos olhos. Sucesso na boca do fãs, coreografias nas quais os guitarristas brigavam com o mascote da banda ou que o próprio Eddie fazia alguns gestos obecenos. É heavy metal. O bis foi todo de sucessões e a despedida teve direito a arremesso de quatro baquetas, dúzias e dúzias de palhetas, além das munhequeiras e do gorro (encharcado de suor) de Bruce Dickinson - que recebeu, em troca injusta, um gorro (igualmente suado) do Santa Cruz, time na primeira colocação no campeonato pernambucano. Ele declinou o presente.
Confira o setlist:
Satellite 15... The Final Frontier
El Dorado
Two Minutes To Midnight
The Talisman
Coming Home
Dance Of Death
The Trooper
The Wicker Man
Blood Brothers
When The Wild Wind Blows
The Evil That Men Do
Fear Of The Dark
Iron Maiden

Bis
The Number Of The Beast
Hallowed Be Thy Name
Running Free

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